O Pensamento Nacional das Bases Empresariais começa a organizar o Prêmio PNBE de Cidadania, que, em 22 edições, já homenageou mais de 130 personalidades e organizações no país. Os organizadores anunciarão novas categorias para esta edição.
A premiação foi criada em 1992 para reconhecer ações que transmitem valores e princípios de cidadania e aconteceu até 2011. Em 2023, a entidade decidiu reativá-lo. “Vivemos um momento de grandes turbulências políticas, humanitárias, sociais, além de uma crise de valores fruto de grandes transformações mundiais e temos de nos posicionar com exemplos, que é um dos papéis do Prêmio PNBE de Cidadania”, diz Fabio Arruda Mortara, primeiro coordenador-geral do PNBE.
Mario Ernesto Humberg e Sylvain Kernbaum coordenarão a organização do Prêmio e serão os responsáveis pela formação da equipe que revisará as regras e selecionará o júri. As regras e prazo de inscrições serão divulgadas em abril no site pnbe.org.br.
História
Mais de 2.800 trabalhos já foram inscritos no Prêmio PNBE de Cidadania. Uma das personalidades premiadas, aliás, há exatos 20 anos, foi dona Joana Zeferino da Paz. A alagoana que entrou para Programa de Proteção a Testemunhas com o nome de dona Vitória por entregar à Justiça provas que incriminaram policiais e traficantes no Rio de Janeiro, teve de receber a premiação pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro porque vivia incógnita.
Um dos momentos marcantes da solenidade, com 300 convidados no auditório Serasa, em São Paulo, foi a projeção do vídeo com trechos das filmagens que D. Vitória fez durante dois anos no Rio de Janeiro e que foram entregues como prova à Justiça. Dona Joana teve sua identidade revelada após falecer, em agosto de 2023, e sua história está representada no filme “Vitória”, pela atriz Fernanda Montenegro.
A edição do prêmio concedido pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais naquele ano ainda teve a suspensão da categoria “Político que queremos”. O coordenador do Prêmio PNBE de Cidadania à época, engenheiro, administrador e jornalista Livio Giosa, justificou a alteração convidando a sociedade a refletir sobre os escândalos políticos. “Não podemos nos manter omissos diante de tantas denúncias e, para isso, temos que exigir mudanças de nossos parlamentares”, disse na solenidade.
